Sim! É possível sim fraudar uma urna eletrônica, e vou te mostrar como! Mas calma! Pode não ser tão simples quanto parece.
TIPOS DE ATAQUE
A segurança da informação é um braço da tecnologia que visa garantir a integridade, o acesso e a disponibilidade das informações, de ativos, de pessoas, de empresas, instituição etc..
E adentrando neste mundo, preciso dizer que existem diversos métodos diferentes para se consegui obter acesso a uma informação, sem ser de fato o proprietário ou responsável legal.
Quando um criminoso ou um hacker inicia o processo de intrusão em um sistema, chamamos isso de ataque. O tipo de ataque utilizado num processo de intrusão, pode variar de acordo com a tecnologia empregada, podendo ser presencial ou remoto. Sendo o segundo o mais comum em sistemas e eletrônicos tecnológicos conectados à internet.
No caso das urnas, por não ter nenhuma conexão com a internet, faz com que muitos pensem, acreditem e afirmam que: "As urnas são 100% seguras!" Só que não!
AS URNAS SÃO 100% SEGURAS?
O fato das urnas não terem conexão com a internet apenas exclui a possibilidade de um ataque hacker remoto, mas não exclui a possibilidade de um ataque físico/presencial.
Isso quer dizer, que se alguém mau intencionado tiver acesso privilegiado a uma urna eletrônica, pode adulterar o sistema operacional da urna. E isso acarretaria em fraude.
Você pode estar pensando: "Mas seria impossível um criminoso adulterar todas as urnas, são milhares de urnas. Se ele mudar só de uma urna nem faz tanta diferença!". Você está certo! Mas deixa eu te explicar uma coisa:
A urna é como um computador, possui a parte eletrônica que é a parte externa, a parte física, e a parte interna que é a parte lógica. A parte interna é um sistema operacional, responsável pelo processamento dos dados, registro, exibição das informações do display etc.
E pelo fato de usar um sistema eu posso lhe dizer sem medo: NENHUM SISTEMA É 100% SEGURO!
Todo sistema é desenvolvido a partir de um código fonte. O código fonte é a linguagem que o computador entende, um sistema é formado por um conjunto de script com lógica matemática, cálculos, funções etc. Nas urnas, os dados dos votos são todos gravados em um arquivo de log, e este arquivo é salvo em um drive de armazenamento removível que é inserido na urna.
Para que fique claro, o Android ou IOS do seu celular é o sistema operacional. Você apenas faz o uso pois alguém desenvolveu.
COMO FRAUDAR UMA URNA ELETRÔNICA - EXEMPLO
Imagine que você vai vender um sistema de computador. Você não precisa desenvolver um sistema para cada computador, você desenvolve um sistema que vai ser o protótipo e a partir deles, cria diversas cópias. Você instala as cópias em outros computadores. Todas os sistemas seguem a mesma lógica. Agora você tem um único sistema em diversos computadores. E esse sistema vai fazer o que você o programou pra fazer!
Então seguindo a ideia de um sistema de Urna, vamos agora simular como seria uma fraude.
A fraude pode ter diversas lógicas diferentes, vou citar um único e simples exemplo.
Digamos que 2 candidatos estão concorrendo a presidência.
Candidato A (Pedro) é o numero 70
Candidato B (Bob) é o numero 80
O criminoso, por interesses políticas, quer que o candidato Bob (B) seja vitorioso. Então o criminoso usa a seguinte lógica:
A cada 3 votos para o candidato Pedro (A), adicione +1 voto ao candidato Bob (B). Assim sendo, se o candidato Pedro (A) tiver 9 votos, o candidato Bob (B) ganhará +3 votos além de seus votos válidos recebidos, o deixando sempre com uma certa vantagem!
O criminoso nesse cenário, pode ser alguém, um órgão responsável pela manutenção das urnas, ou mesmo membros responsável pelo processo eleitoral.
Isso foi só um exemplo usando números bem fictícios.
E dessa forma é possível fraudar as urnas eletrônicas.
CONCLUSÃO
Não é correto afirmar que as urnas eletrônicas, por não usar conexão com a internet são 100% seguras. As urna podem não ser hackeáveis remotamente, mas podem sim ser fraudadas uma vez que o sistema operacional venha ser adulterado.