Falha global em atualização do antivirus no windows 10 paralisa serviços em empresas e até voos são cancelados



Empresas, bancos e companhias aéreas de todo o mundo foram afetados por uma falha informática em larga escala. Eis um resumo das empresas que comunicaram ter sido atingidas por esta falha.


Milhões de computadores com o sistema operativo Windows 10 instalado deixaram de funcionar um pouco por todo o planeta, esta sexta-feira.


Em causa parece estar uma atualização automática num sistema de segurança da empresa norte-americana Crowdstrike, que oferece soluções antivirus para várias empresas e organizações a nível global.


A empresa de cibersegurança atualizou o seu antivírus "Falcon", o que terá levado a que o sistema operativo da Microsoft presente em muitos computadores tenha ido abaixo e levado os utilizadores ao famoso "Ecrã Azul da Morte", que indica que algum erro terá ocorrido e impede a utilização do aparelho.

O problema tem sido registado, sobretudo, em dispositivos norte-americanos e australianos mas estima-se que esteja a afetar todos os aparelhos onde o software da empresa esteja presente.

Vários órgãos de comunicação social - como a Sky News australiana - e companhias aéreas estão inoperacionais por causa deste erro. Também os serviços médicos britânicos estão a ser afetados. No entanto, os serviços de emergência estão a operar normalmente, assegura fonte oficial citada pela agência Reuters.


Aeroportos europeus interrompem voos

Os aeroportos de Espanha e Alemanha estão a interromper todos os voos devido à falha. A Delta Airlines, uma das maiores companhias aéreas norte-americanas, ordenou esta manhã que todos os seus aviões de mantenham no solo, até nova indicação. O aeroporto de Berlim está mesmo fechado ao tráfego aéreo. Os comboios no Reino Unido também foram afetados.

Também um porta-voz do aeroporto de Sydney, na Austrália, deu conta de uma paragem técnica global. Por todo lado começam a surgir indicações de universidades, supermercados e outros negócios afetados por este "apagão".

Em Espanha, há alterações nos sistemas da Aena e nos aeroportos da rede que poderão causar atrasos. Há aeroportos e voos afetados em locais como a Irlanda, Singapura, Hong Kong, Suíça ou Países Baixos.


Ryanair sem "check-in online"

Também a companhia de voos low-cost Ryanair está a ser afetada pelo "apagão". No site da empresa irlandesa, é possível ver um aviso de que poderá haver "disrupções" na verificação de cartões de embarque por causa de um "apagão de um sistema de uma empresa externa".

"Neste momento, estamos a enfrentar interrupções na rede devido a uma interrupção global de TI de terceiros, que está totalmente fora do nosso controlo. A reserva e o check-in não estão disponíveis de momento. Se planeia viajar hoje (19 de julho) e ainda não fez o check-in do seu voo, poderá fazê-lo no aeroporto", é dito.


Constrangimentos nos aeroportos nacionais

A Renascença contactou a Comboios de Portugal e a ANA - Aeroportos, que garantiam, no início da manhã desta sexta-feira, não registarem nenhum problema. No entanto, fonte da Ana - Aeroportos admitia, na altura, que tudo dependerá do sistema operativo utilizado pelas diferentes companhias aéreas, facto que acabou por suceder: os atrasos foram, no entretanto, acumulando.

Por volta das 09h30 - e numa nova atualização - a ANA admitiu que são esperados constrangimentos nos aeroportos nacionais já que há companhias aéreas e empresas de "handling" afetadas pela falha global no sistema da Microsoft, pedindo aos passageiros que se informem sobre o estado dos seus voos.

Em resposta à Lusa, a ANA - Aeroportos Nacionais explica que algumas companhias aéreas e empresas de assistência em terra ("handling") estão a ser afetadas devido a uma falha informática o que está a causar constrangimentos, nomeadamente no "check-in" e no embarque de alguns voos.

A gestora aeroportuária adiantou que "o sistema informático dos aeroportos portugueses não foi afetado diretamente".

Neste momento, refere fonte oficial da empresa, "está a ser avaliado o impacto desta situação sendo esperados constrangimentos na operação aeroportuária que afetam companhias aéreas e outros aeroportos".

Assim, solicita aos passageiros que se informem sobre o estado do seu voo antes de se dirigirem para o aeroporto.


Amadora-Sintra não foi afetado, sistema multibanco também não

De acordo com o Downdetector, a Vodafone, a Nos e a Meo estão a registar falhas esta sexta-feira de manhã. Também o banco Santanter está a ser afetado, com utilizadores a relatar problemas no login web Empresarial.


A Renascença contactou também a Caixa Geral de Depósitos, que garante que tudo está bem no maior banco nacional.

O Amadora- Sintra desmente que os problemas informáticos de que foi alvo esta manhã nada tiveram que ver com o apagão generalizado provocado pelo sistema de segurança da Microsoft.

Contactado pela Renascença, o gabinete de comunicação desta unidade de saúde fala numa falha informática interna de duração rápida, prontamente resolvida e que não provocou qualquer problema.

Também a SIBS, responsável pela rede de Multibanco em Portugal, confirmou à Renascença que "não verificou nos seus sistemas qualquer impacto causado pela falha informática que estará a afetar sistemas tecnológicos em vários países". Sendo assim, os serviços estão "a funcionar dentro da normalidade".

O diretor regional da Microsoft na Australia foi um dos primeiros a detetar o problema e comparou-o ao "bug do milénio", se tivesse efetivamente acontecido.


Número de emergência norte-americano em baixo

Também o "911", o número de emergência utilizados nos EUA está em baixo em alguns estados. Algumas emissoras de rádio estão em silêncio e a Sky News também confirmou no ar que não tem acesso ao seu sistema habitual de transmissão.


O Parlamento da Nova Zelândia está, igualmente, sem computadores.


Clientes no maior banco da Austrália, Commonwealth Bank CBA.AX, relatam problemas a levantar e transferir dinheiro, adianta a agência Reuters. O governo australiano já marcou uma reunião de emergência, depois do gabinete nacional de cibersegurança ter confirmado que a interrupção no país é em grande escala e afeta várias empresas e organizações.

No entanto, a coordenadora do gabinete de cibersegurança australiano, via Twitter, assegura que o problema é "técnico" e não causado por algum eventual ataque cibernético.

O site "DownDetector", que monitora interrupções informáticas um pouco por todo o mundo, já regista picos de incidentes desde a noite passada.


A empresa já admite problemas. Numa mensagem gravada deixada a quem contacta a linha de apoio técnico, a empresa admite problemas relacionados com o "Falcon".


Também a Microsoft Azure, plataforma que gere as aplicações e serviços da companhia americana, confirmou estar a investigar o sucedido e a trabalhar numa solução.


Sistemas começam a recuperar

Já há alguns sistemas a recuperar e a permitir o regresso à operacionalidade de serviços.


A CBBC, Sky News e ABC News Australia retomaram as suas emissões.


A American Airlines "retomou com segurança" o funcionamento. O mesmo regista-se com o serviço metropolitano em Washington DC

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